26 de outubro de 2007

Cidades sustentáveis


Numa Europa alargada a vinte e sete Estados-membros, a vida das pessoas muda necessariamente, nem sempre para melhor, ou sobretudo não de forma idêntica ou equiparada entre os membros. Há critérios de justiça social a implementar, desigualdades a combater, mobilidade de pessoas a incrementar. O impacto global neste universo de quinhentos milhões de pessoas é enorme, mas ao nível local também se faz sentir.
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A EUROCITIES procura, através da cooperação entre cidades (presentemente mais de 130 a nível europeu), regiões, Estados-membros e organismos da União, criar valor acrescentado nas áreas da cultura, desenvolvimento económico, partilha de know-how, criação de soluções de mobilidade e transporte e desenvolvimento social, entre outras, contribuindo para a criação de um futuro sustentável no qual o máximo de cidadãos cidadãos desta e das futuras gerações possam usufruir de uma elevada qualidade de vida.
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A área da mobilidade entre Estados-membros e dentro das áreas urbanas torna-se um elemento vital nas cidades europeias. Assim, existe há muito no seio da Comissão Europeia a consciência que é preciso encontrar soluções para a mobilidade das pessoas, mas sobretudo que esta possa ser rápida, barata, livre e de baixo impacto ambiental como forma de preservação de recursos para as gerações futuras e aumento da qualidade de vida. A implementação de boas práticas é uma prioridade nesta óptica. Assim, igualmente as iniciativas da GLOBAL CITY FORUM e a CARTA de AALBORG para a sustentabilidae urbana, como estratégia adoptada da no seio da Campanha Para as Cidades Sustentáveis.
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Um pouco por toda a Europa cresce o uso do transporte colectivo, a melhoria dos interfaces ou hubs de transferência de pessoas, sendo no entanto, cada vez mais, notória a implementação de sistemas cicláveis, importantes na poupança de recursos e incremento da mobilidade de pessoas por um custo muito baixo e com reduzido impacto ambiental, mas sendo igualmente muito seguro. O uso da bicicleta renasce por toda a Europa e nos Estados de charneira tornou-se um meio de transporte imprescindível no quotidiano dos cidadãos, independentemente da sua profissão ou posição social.
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Em Portugal, começam a dar-se os primeiros passos nestas áreas, mercê de iniciativas individualizadas e não concertadas, porquanto a bicicleta ainda é, quase exclusivamente, vista como instrumento de prática desportiva, sendo a esmagadora maioria das unidades comercializadas do tipo BTT ou de estrada. São poucos aqueles que utilizam a bicicleta no seu dia-a-dia com regularidade, negligenciando aspectos importantes como a sua saúde, a poupança de tempo, recursos e a redução do seu impacto ambiental (ou pegada ecológica).
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E no entanto, tal é algo que se tornará necessário a breve trecho, estando de imediato ao alcance de qualquer um. Voltaremos adiante a este assunto mais detalhadamente.

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