30 de janeiro de 2008

Perdas de água na rede pública em Lisboa

Segundo noticia o Expresso online esta tarde, a rede de distribuição de água para consumo humano na área de Lisboa perdeu 19,4 milhões de metros cúbicos em 2007, em 1.463 roturas nos ramais de abastecimento. [...]

Estas perdas de água equivalem, por exemplo, a 3.800 tanques centrais do Oceanário de Lisboa, que tem capacidade de 5.000 metros cúbicos, ou a 19 dias consecutivos de captação, pela torre de bombagem existente na albufeira da Barragem de Castelo do Bode.

Os números, evidentemente, assustam, mas nem são, em termos relativos, dos piores no país. Faro, por exemplo, já chegou a perder cerca de metade da água que circula pelas suas tubagens. O que verdadeiramente choca é o desequilíbrio entre estes desperdícios e as situações de verdadeira carência em certas alturas do ano. Mais ainda, se nos detivermos na ideia que as guerras que vão começando em África muitas vezes têm como motivação o acesso à água por parte dos pastores (nómadas) por contraposição aos agricultores (sedentários). Ou que grande parte dos refugiados deste mundo o são por causa da água, associada a problemas de índole ambiental, seja pela subida das águas nos atóis do Pacífico, seja pela sua absoluta carência motivada por seca ou contaminação dos lençois freáticos.



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