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Groupama 3, a partida do albatroz e a entrada caótica no Índico
Nos últimos dois dias o Groupama 3 perdeu imenso do avanço que detinha face ao Orange 2. Neste momento a distância reduziu-se para pouco mais de 200 milhas e tenderá ainda a diminuir nas próximas 24 horas, dado que a embarcação navegará à bolina durante umas horas, até estancar, mercê da melhoria das condições de navegação. As dificuldades foram motivadas por um anticiclone que se alojou à entrada do Índico, a sudeste do Cabo da Boa Esperança e por uma depressão girando demasiado a norte em torno da Antártida. O encontro de ambas provocou forte ondulação do mar, fazendo com que este ficasse bastante desencontrado, dificultando enormemente a progressão. No caso de um trimarã isto é tanto mais complicado quanto três cascos significam multiplicar o problema por três, com pressão e pancadas enormes em toda a estrutura de braços, mastro e velame.Aqui podemos verificar a evolução dos centros de altas e baixas pressões ao largo da costa oeste africana, sobrepondo-se a rota do Groupama a verde.Dois dias antes do Cabo da Boa Esperança o Groupama passou ao largo da Ilha de Santa Helena, colónia britânica e local de exílio de Napoleão Bonaparte, mas provavelmente os marinheiros não tiveram tempo de se lembrar do facto dado que tiveram de manobrar bastante, com mudanças de bordo consecutivas.A boa notícia é que as esperanças de se atingir o recorde continuam intactas e a tripulação conseguiu acariciar o dorso de um segundo albatroz, antes de este se despedir (na imagem: Franck Proffit, chefe de quarto e leme a bordo do Groupama 3).
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