Trek Transport + (Gary Fisher collection)
Eu sei que o Natal ainda vem longe. E sei que se calhar este ano não me portei sempre bem, mas prometo que para o ano é que é. E por isso, vou andar menos de carro, emitir menos CO2, ter mais cuidado (ainda) com a selecção de lixos e começar a escrever neste blog de acordo com as regras da nova ortografia.
Mas sabes, Pai Natal, eu andava meio deprimido desde que soube que a marca Gary Fisher ia acabar e passar a ser uma gama da Trek. Incoformado como andava, deixei de escrever em protesto inconsciente, até ver que as alterações nem são assim tão más e libertam o nosso querido Gary para se dedicar ao que gosta, que é viver ao máximo a sua paixão pela bicicletas e cumprir aquilo que não sei se te prometeu noutros carnavais, perdão, natais: fazer ao máximo a vida dele em bicicleta.
Estava eu a admirar a porstura do homem, quando decidi ver em que tipo de bicicletas se tinham transformado as Gary Fisher by Trek. Suspirava por não ter chegado a ver o nascimento da El Ranchero, quando reparo - valha-nos São Nicolau - num espécime absolutamente espantoso. Evidentemente, fiz "refresh" à página do browser e a coisa continuava ali, como que a sorrir para mim. Claro, adorei ver a Surly Big Dummy ao vivo na Eurobike de 2008, mas nunca havia cobiçado tanto uma bike como esta Gary Fisher by Trek que dá pelo nome de Transport +. Nem a espantosa Chupacabra do Goat me havia feito salivar tanto. É que esta Transport + vem "artilhada" com um sistema BionX que faz toda a diferença. E então, desde que vi o excelente artigo do Gonças acerca da Surly com o BionX montado que ando a cogitar em modos de deixar o popó da família na garagem mais vezes...
Enfim, digamos que tenho andado a pesquisar e prometo que voltarei ao assunto das long tails com assistência eléctrica num futuro próximo.
Mas para já, querido Pai Natal, caso queiras fazer-me muito feliz (espero que não me consideres demasiado óbvio), pensa que uma pequena Transport + me trará um enorme sorriso. Evidentemente, depois de tratares da paz no mundo, de acabares com a poluição, a fome e as doenças e apenas se te sobrar tempo para isso. Não me importo se a experimentares para dar algum descanso às renas. Senão ficamo-mos pelo tradicional CD, que este ano pode ser apenas um crédito no iTunes ou na Amazon.
Dedicadamente teu,
Planeta QI
5 comentários:
Pelo que tenho lido, esta bicicleta foi um "tiro ao lado". Tem 3 problemas: não obedece aos stardards longtail (ou seja, acessorios, só da marca), tem o centro de gravidade bastante elevado, e sendo a dist. entre eixos mais curta que numa big dummy por ex, a carga fica muito para trás do eixo traseiro - estes dois últimos pontos, afectam e muito (para pior) a condução da bicicleta.
Uma big dummy com assistência eléctrica, continua a parecer-me uma melhor solução.
Passei muito do últimos anos ao volante de treks de todo o tipo compradinhas ali pelos lados de Vigo onde o ar das rias é óptimo para baixar o preço e descomplicar as encomendas.
A GF assim como a Bontrager fazem parte do universo TREK há bastante tempo, tendo a gama GF passado a estar também presente no site da marca "grande". Mas em fisherbikes.com the ride goes on!
A TREK tem vindo a fazer aquisições na Europa de modo a incorporar knowhow na sua estrutura e tornar-se, não só uma marca de vendas global mas uma marca com modelos verdadeiramente globais.
A TREK fabrica modelos campeões em todas as vertentes desportivas (Top Fuel, Session e Madone), constrói fantásticas bicicletas de treking (FX, Pure) e citadinas perfeitas (Portland, Eco Design, Soho, Allant), veja-se os modelos exclusivos para o mercado holandês (X Series, City Series) e as Diamant alemãs. Agora com a Transport entra no segmento que maior crescimento tem registado nos mercados da América do Norte, EUA e Canadá.
Não é propriamente uma marca que ponha "centros de gravidade descentrados" mas... pode haver sempre quem ache que os pedais atrapalham.
Como ainda só se vende do lado de lá, é melhor que o pai natal faça uma pareceria com o santa claus!
A marca está a entrar num território novo. Eu não falei em centro de gravidade descentrado... Quem anda nestas coisas das longtails à mais tempo, sabe perfeitamente, que:
- carga atrás do eixo traseiro, prejudica a condução.
-carga mais elevada, prejudica a condução!
Ontem andei na Aeolian ride, com o "cameraman" lá atrás na minha Xtracycle - quase 1,80 e 76Kg. Costumo andar com os meus dois filhos mais as bicicletas deles, cujo o peso é pouco inferior. Mas o facto dele ser bem mais alto, afectou bastante a condução.
Sempre que carrego coisas dentro dos alforges, a condução é muito mais fácil do que quando carrego coisas na plataforma superior.
Sempre que levo carga mais para a retaguarda da bicicleta, a condução é mais difícil do que se essa carga for mais perto de mim.
A Trek é uma marca como tantas outras. Tem excelentes bicicletas. Mas como tantas outras, pode errar...
Não estou a dizer que esta bicicleta será uma porcaria... mas da minha experiência (corrobada por dezenas de utilizadores de longtails que comentaram o lançamento na lista da Xtracycle) acho que a Big Dummy da Surly, é uma aposta bem melhor.
Eu não disse que disse. Disse apenas que pode haver sempre quem diga. Embora não perceba porque tem a TREK de fazer uma LT que aceite acessórios de outros. Se calhar os acessórios dos outros são menos bons que os da TREK. Pode ser?
Não disse que a Surly era pior ou melhor. Não conheço nem uma nem outra além de saber que a Surly é um conceituado fabricante de quadros.
O que disse é que a GF é uma das marcas de excelência do grupo TREK. E que as bicicletas são como todas as outras coisas: há para todos os gostos e necessidades.
Como sabemos, por cada crítica negativa na internet, podemos encontrar outra a dizer bem.
Obrigado a ambos pelas visitas. Eu uso uma Xtracycle com regularidade e efectivamente o facto de as cargas estarem nos alforges ajuda bastante ao equilíbrio. Mesmo com uma criança ou um adulto apenas a bicicleta fica muito agradável de conduzir.
Na Eurobike de 2007 experimentei a Yuba e a Big Dummy e, sinceramente, preferi a Big Dummy, mas esta custa quase o dobro da Yuba, que nem é uma má bicicleta.
Evidentemente, a compatibilidade dos equipamentos é algo importante, mas não essencial, dado que com um pouco de imaginação, paciência e pesquisa consegue-se ter muitas vezes um resultado melhor que o "standard" proposto pelos fabricantes. Dito isto, sem me ter apercebido da questão da mais curta distância entre eixos da Transport e do centro de gravidade mais elevado, nem por isso será uma grande desvantagem, dado que a torna mais capaz fora de estrada (algo que por vezes se torna mais complicado com a Xtracycle em zonas lombadas). No You Tube existem vídeos de gente a fazer cavalinhos e pivots com a Kona Ute, pelo que não será difícil imaginar que provavelmente com a Transport isso também será possível.
Para concluir, creio que tudo se resume ao tipo de utilização que queremos dar à bicicleta. Eu gostei muito da estética e do desenho da Transport, mas reconheço que a Xtracycle/Big Dummy (esta última resolve algum problema de torção que o kit Free Radical possa apresentar) podem ser mais polivalentes no uso quotidiano.
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