21 de dezembro de 2007

O Planeta QI vai de férias até Janeiro, mas aproveita para recordar que a última massa crítica do ano se realizará no dia 28 de Dezembro, por todo o país.
Boas Festas para todos.
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Mas antes, um poema, do provavelmente (perdoem-nos os demais, com tudo o que isto possa ter de subjectivo e injusto), melhor ou mais ecléctico poeta algarvio da actualidade.
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A invenção da bicicleta
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Tudo o que fizemos no domínio
dos transportes desde a invenção da bicicleta
só contribuiu para melhor compreendermos
como a bicicleta é útil e bela
e comovente. E é mais bela e útil
e comovente quanto mais
os corredores aéreos enchem os mapas
dos controladores de voo e quanto
mais os viadutos se cruzam
e sobrepõem para dar vazão às filas
de automóveis nas pontes
dos feriados. As crianças
conhecem os segredos do vento numa
roda pedaleira. As bicicletas
e os bosques abrem no verão em simultâneo
os pequenos açudes luminosos
da infância. Depois do vidro e da roda
a bicicleta foi uma das mais
belas e úteis e comoventes
invenções da história do homem.
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José Carlos Barros

20 de dezembro de 2007

Wind Dam


Uma tela estendida entre duas margens do lago Lagoda, na Rússia, lembrando uma vela de navio. Um projecto do arquitecto Laurie Chetwood propõe uma barragem eólica que recebe e canaliza vento para uma turbina suspensa. O sistema é composto por uma tela de 25 metros de altura e 75 de largura, suspensa por cabos, que canaliza o vento para uma abertura central ligada a uma turbina acoplada, igualmente suspensa. Segundo os estudos efectuados, a forma côncava é particularmente eficaz na captura do vento. A semelhança com a forma de uma barragem hidroeléctrica levou a que o projecto fosse apelidado de wind dam (barragem de vento). A construção deverá ser iniciada em 2008 e, se tudo correr de acordo com o planeado, está prevista outra barragem no mesmo local, um pouco mais acima.

19 de dezembro de 2007

Um presépio inconveniente

Na Andaluzia anda um presépio moldado com figuras em gelo, a -9ºC, dentro de um camião frigorífico, de cidade em cidade. Desaparecerá em 23 de Dezembro, em Sevilha. A iniciativa partiu da Junta de Andalucia. Nas localidades onde pára, as pessoas são convidadas a participar na sua manutenção pedalando num mecanismo constituído por três bicicletas e três passadeiras acopladas que geram energia suficiente para manter a câmara frigorífica à temperatura adequada. Um jornal da Andaluzia chamava-lhe um presépio a pedais. Mas é mais que isso, é um presépio inconveniente, contra o CO2 e o aquecimento global.

18 de dezembro de 2007

Porto - Estratégia de sustentabilidade

Em Dezembro de 2008 a Agência de Energia do Porto (AdEPorto) compromete-se a apresentar uma proposta de «estratégia para um Porto sustentável», na perspectiva da Agenda 21 Local. Neste sentido, assinou, ontem, um protocolo com a autarquia portuense.
A AdEPorto terá como tarefas a caracterização do suporte ambiental para a cidade (água, ar, solo, áreas verdes, paisagem e energia, tendo em conta a sua expressão territorial. A problemática do ordenamento urbano com o urbanismo, as áreas verdes, os usos da água ou a avaliação dos impactos das actividades na cidade, tais como a da construção e gestão do edificado existente, são outros dos assuntos a ter em conta.
«É uma tarefa ousada e ambiciosa. O Porto já vai sonhando em ser um paradigma das cidades sustentáveis da Europa para os próximos anos», afirmou ontem o presidente da agência, Oliveira Fernandes.
Dos 308 municípios existentes em Portugal, 80 já constam dos 36 processos de Agenda 21 Local. Apesar do crescimento na quantidade de processos, Portugal ainda é o país europeu «com menos processos de A21L em curso, com cerca de 20 por cento dos municípios a levar em conta as orientações saídas das Conferência do Rio (1992) e de Joanesburgo (2002)», de acordo com os dados compilados pelo Grupo de Estudos Ambientais da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa para o portal da iniciativa. A juntar à fraca adesão, muitos dos processos têm dificuldade em manter-se no tempo e transpor a fase de plano de acção.


Oportunidade de negócio

Enquanto isto: A Suécia reduziu em cerca de nove por cento as suas emissões de gases com efeito de estufa entre 1990 e 2006, ultrapassando os objectivos fixados pelo Protocolo de Quioto. Os resultados foram anunciados ontem pelo Ministério do Ambiente Sueco.

17 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 X



[Tão aborvidos andavamos a seguir os trabalhos em Bali que, no Sábado, cruzámo-nos com um jardineiro que comentava para com os seus botões que "o Pai Natal veio abaixo". Obviamente, pensámos o pior, mas não, felizmente não, tudo se resumia a um boneco insuflável posto no centro de um jardim, a quem faltou o fôlego para o Natal.]

Mas voltando a Bali: depois do pessimismo que se instalou na manhã de sexta-feira, dia 14, com a persistente dificuldade em encontrar-se um road map para o período pós-Quioto, a mudança de atitude dos Estados Unidos, ao garantirem que não seriam um obstáculo à definição de objectivos concertados internacionalmente, trouxe uma luz de esperança aos participantes.

Tal certeza ficou cimentada no Sábado, 15 de Dezembro, dia de encerramento dos trabalhos, como se infere da comunicação efectuada por Yvo de Boer, alicerçada nas seguintes conclusões:

- AMBIÇÃO: foram definidos valores de referência para diminuição da emissão de gases de efeito de estufa num futuro próximo com base num estudo do IPCC a que se refere o relatório final (possível com a revisão da posição americana na matéria);
- TRANSPARÊNCIA: O processo está aberto à participação de Governos, empresas, pessoas individuais e colectivas, organizações não-governamentais, a sociedade civil em geral;
- FLEXIBILIDADE: por parte dos países não-desenvolvidos em aceitarem as metas a caminho do futuro;
- Foram confirmadas as importantes decisões tomadas (e já aqui referidas) no que respeita ao mercado do carbono, transferência de tecnologia, financiamento dos países não-desenvolvidos, florestação e reflorestação e armazenamento do carbono;
- O esforço e a boa-vontade de países como a China e a Índia na adaptação do seu processo de desenvolvimento, mais empenhados finalmente em tornarem-se parte da solução, que parte do problema.

- Estão lançadas as bases para um novo acordo, a estabelecer até finais de 2009, para suceder ao protocolo de Quioto, com a inclusão de todos os países, incluindo os Estados Unidos.







Os documentos e conclusões elaborados ao longo da Conferência podem ser descarregados aqui.

12 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 IX

TUVALU
(Foto: Reuters)

Resumo dos trabalhos de 12 de Dezembro:

Iniciaram-se hoje, em Bali, os encontros dos altos responsáveis dos países participantes na Conferência de Bali. Ao contrário do que vinha sendo costume, a conferência de imprensa foi conduzida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon e não por Yvo de Boer, secretário-executivo da UNCCC. Todavia, sem embargo, a tónica foi uma vez mais colocada na necessidade de se encontrar e calendarizar o mapa de reuniões pós Bali que permitirão chegar a um encontro de vontades que permita, já em 2009, obter um tratado global que suceda ao Protocolo de Quioto. A ciência já deu o seu contributo na identificação e esclarecimento do problema no que tange às suas causas e consequências, entende-se que cabe agora aos representantes políticos assumirem as suas responsabilidades na convergência com os cientistas.

Ban Ki-moon considerava ao final da tarde em Bali que o falhanço na definição de uma agenda de negociações e metas futuras significaria não apenas um fracasso perante (mas também dos) os líderes mundiais, mas igualmente perante as populações do planeta, que esperam que da cimeira saiam algumas soluções para os seus problemas. Entre essas populações, destaque para o pequeno arquipélago de Tuvalu, no Pacífico Sul, que já é um dos pontos mais afectados pela subida do nível das águas do mar. Ontem, em Bali, representantes deste pequeno arquipélago organizaram uma pequena exposição para a chamada de atenção para os problemas do seu país, que é ciclicamente inundado duas vezes por ano.

Kevin Ruud, Primeiro-Ministro australiano, depositou hoje, nas mãos de Ban Ki-moon, o instrumento de ratificação do Protocolo de Quioto, ratificado pela Áustrália no primeiro dia dos trabalhos em Bali.



Ban Ki-moon, Secretário-Geral da ONU

11 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 VIII

Resumo dos trabalhos de dia 11 de Dezembro (feita clarificação relativamente às expectativas de redução das emissões de poluentes):

- No âmbito da conferência não será possível, nem é objectivo, definir concretamente o nível de redução de poluentes a nível global ou relativamente a cada Estado; mesmo o valor estalão de redução de 25 a 40% do nível das emissões, este deve ser entendido apenas como referência para futuras conversações a estabelecer após a conferência;
- Foram definidos os moldes em que será criado o
Fundo de Adapatação dos países menos desenvolvidos às normas criadas pelo Protocolo de Quioto, sendo este secretariado pela Global Environmental Facility (GEF) e à confiado ao Banco Mundial;
- Será feita a duplicação de fundos a disponibilizar aos países menos desenvolvidos para programas de florestação e reflorestação, reconhecido que é o papel das florestas no armazenamento e eliminação do carbono.

10 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 VII

Recomeçaram hoje em Bali os trabalhos da conferência sobre alterações climáticas. Yvo de Boer, secretário-executivo da UNCCC elaborou o documento que estabelece os objectivos desta semana, os quais de resto coincidem, em larga medida, com o final dos trabalhos da semana passada e a conferência de imprensa de Sábado, aqui reproduzidas. O teor do documento elaborado por de Boer pode ser descarregado aqui em formato pdf.
Paralelamente, à margem da conferência, serão hoje entregues a Al Gore e ao IPCC os seus prémios Nobel, ao mesmo tempo que os Estados Unidos rejeitaram, hoje, a inclusão de alguns resultados do último relatório do IPCC, numa das propostas de acordo que está a ser negociada na conferência de Bali. O relatorio controverso, designado relatório de síntese do AR4, constitui o resultado final da reunião de Valência, que teve lugar há cerca de um mês.
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Resumo dos trabalhos de 10 de Dezembro:
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Entrámos agora numa fase da conferência em que os grupos de discussão preparam o trabalho de fundo a ser desenvolvido pelos Ministros dos diversos países, que começará na próxima quarta-feira. Resulta claro, dos trabalhos de hoje que:
- Existe uma necessidade premente de incrementar os acordos existentes ao nível dos Estados;
- A redução dos valores das emissões de gases de efeito de estufa em 25 a 40% deve ser uma realidade complementada com a necessidade de se assistir a um declínio efectivo das emissões globais dentro de um prazo de 10 a 15 anos;
- Foi reforçada a ideia da mitigação de responsabilidades como caminho para o encontro de soluções para as alterações climáticas, assim como a transferência tecnológica como via de desenvolvimento dos países menos desenvolvidos, de forma a evitar que no seu processo evolutivo tenham de recorrer ao uso de combustíveis fósseis (to leapfrog the carbon intensive stage of economic development) ;
- Estima-se que 86% dos investimentos em tecnologias limpas em 2030 provirão do sector privado, razão pela qual as empresas têm de ser inseridas em todo este processo de imediato, no que constitui uma parceria sem precedentes à escala global.

8 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 VI

Relatório e conclusões de dia 08 de Dezembro:
Finda a primeira semana da conferência, na qual participaram até ao momento mais de 10.000 pessoas representanto as mais diversas entidades, Yvo de Boer, secretário-executivo da UNCCC destaca os seguintes aspectos:
- Existe uma vontade generalizada de todos os participantes de se encontrar um rumo para se chegar a uma solução de compromisso no que tange à prevenção da escalada do aquecimento global como factor primordial das alterações climáticas;
- Neste ponto da conferência é importante que as partes aprofundem as conclusões da primeira semana de trabalhos, procurando desenvolver os caminhos para a adaptação progressiva das medidas a implementar, as formas de transferência da tecnologia entre Estados e as capacidade construtiva (ou formas de desenvolvimento endógenas da capacidade de implemtação de medidas em estados menos desenvolvidos);
- É preciso ainda ultrapassar a "quadratura do círculo" ou seja, limar as arestas dos interesses divergentes que constituam obstáculos ao compromisso entre Estados que possam minar as bases de um protocolo pós Quioto (pós 2012);
- Nenhum compromisso será alcançado em Bali, a importância de Bali reside no lançamento das bases desse compromisso, a alcançar nos próximos dois anos, visando conseguir a implementação da redução efectiva da emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera entre 25 e 40% (por referência aos valores de 1990) até 2020;
- A próxima semana será fulcral para se avaliar do sucesso da Conferência de Bali.

7 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 V

Destaque do dia: Hoje, crianças da Europa, Austrália e Pacífico entregaram um relatório, que para chegar ao painel da conferência da UNCCC passou por cerca de 130 mil crianças, que caminharam uma distância total de 1,5 milhões de quilómetros – o equivalente a dar 36 voltas ao planeta – ao reduzir viagens que, normalmente, envolveriam a utilização de automóvel ou transportes públicos.

Relatórios e conclusões dos trabalhos de 07 de Dezembro:
- Há uma evolução positiva na discussão dos temas nos diversos painéis da Conferência de Bali;
- Chamada de atenção para a questão da mitigação do problema das alterações climáticas: é um problema global, que deve ser suportados por todos os agentes envolvidos;
- As alterações climáticas têm implicações económicas na economia global e portanto parte da solução terá de advir de agentes económicos privados;
- Haverá um grande incremento nos fluxos de investimento em áreas destinadas à prevenção das alterações climáticas;
- Os investimentos a efectuar hoje determinarão a evolução da situação da emissão de gases de efeito de estufa para a atmosfera nas próximas décadas;
- Os fundos disponíveis actualmente são claramente insuficientes para atingir quer os objectivos propostos pelo Protocolo de Quioto, quer os de um futuro tratado ou convenção a estabelecer depois de 2012;
- Há, pois, que criar condições para o desenvolvimento da criação de fundos globais de investimento através de políticas de incentivo em matéria ambiental;
- O mercado global do carbono é o instrumento primário e essencial para se atingir tal objectivo;
- Quanto maiores forem as ambições estabelecidas nesta matérias, maior a capacidade de serem gerados fundos suficientes para se atingirem os objectivos propostos;
- Claramente, o elemento-chave é a criação de uma boa engenharia financeira que permita a criação e auto-alimentação do fundo internacional para prevenção das alterações climáticas



6 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 IV

Relatório e conclusões dos trabalhos em 6 de Dezembro:
- Parece claro que ha países que terão de ser incluídos no grupo dos países industralizados, como sejam a China, o Brasil e a Coreia.
- Os países industrializados terão de continuar a luta contra o aquecimento global e desta feita reduzir as suas emissões de gases de efeitos de estufa entre 25 e 40% (com referência aos valores de 1990) até 2020;
- O mercado do carbono, criado pelo Protocolo de Quioto, já e global e atingiu a fasquia dos 30.000 milhões de dólares em 2006, prevendo-se um aumento ainda este ano e nos vindouros.


Pulo do Lobo








Acordar cedo junto ao Vascão, assistir na primeira pessoa ao dissipar da neblina matinal, lavar o rosto na água fria da ribeira, levantar tenda sem deixar vestígio da breve passagem. Chegamos cedinho a Mértola com os cafés ainda a despertarem e, junto ao Guadiana, levanta-se a canoa já combinada. Coloca-se esta no tejadilho do carro e toma-se a estrada para o Pulo do Lobo, uns quilómetros rio acima. No final do asfalto, estacionamos, deixamos o carro, colocamos a canoa na Xtracycle e tomamos o estradão de sete quilómetros que nos levará ao Guadiana, mais precisamente ao acidente geológico do Pulo do Lobo (quarta foto acima), um desnível de 16 metros criado no leito do rio aquando do recuo do mar na última era glaciária. Pelo caminho, cruzamo-nos com o veado e o dinossauro, duas árvores secas que são as duas primeiras fotos, mesmo antes dos portões azuis de acesso à Herdade do Pulo do Lobo, que se abrirão e tornarão a fechar à nossa passagem. Eis-nos no rio.

O tempo para algumas fotos da praxe, um sms de segurança a avisar onde estamos, e principia a experiência da navegação no lago superior, com passagem por alguns moinhos de água e seus contrafortes desfeitos. Regressamos ao ponto de partida, passamos para a parte de baixo do rio, logo a seguir ao Pego do Sável (quinta foto), onde a experiência é mais gratificante, porque estamos enquadrados por paredes de rocha de ambos os lados. O Grande Rio do Sul continua a ter o seu encanto. Avistamos aves e pequenos mamíferos nas margens assim como um par de cegonhas negras (quatro casais recenseados no parque natural). No regresso, a corrente não é forte, mas é contrária e duplica-nos o esforço. Duas horas mais tarde, estamos de regresso a Mértola, não sem uma penosa subida com a bicicleta e a canoa no primeiro quilómetro após a saída do rio.

Mas que prazer, que enorme prazer, este regresso ao Guadiana, alguns anos volvidos depois da última vez em que cá estivemos a navegar. Depois da devolução da canoa, rumamos ao Alengarve, um pequeno restaurante na zona alta da cidade que, apesar da nova gerência, manteve-se acolhedor e simpático. Em breve regressaremos, para visitar o Pomarão.

Tarde no dia, rumamos a Lisboa, onde nos aguarda um magnífico caril de caranguejo, entre amigos e caras novas, que mal acreditam no relato e nos tomam por inconscientes. Rimo-nos, sabemos que os lençóis saberão melhor assim.

5 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 III

Resumo das conclusões dos diversos painéis de trabalho, em 5 de Dezembro:
a) O aquecimento global e as alterações climáticas são um factor de incremento de assimetrias entre os povos e as populações mais e menos desenvolvidos, prejudicando de forma mais grave os mais desfavorecidos;
b) É chegado o momento de agir em termos de se inverter o ciclo do aquecimento global, não de planear o momento de agir;
c) A adaptação às alterações climáticas é urgente e necessária
d) Tem de haver uma transferência de tecnologia para os países menos desenvolvidos acelerarem essa adaptação
e) Têm de ser disponibilizados fundos para correcção das assimetrias e dos desequilíbrios entre povos e bem assim para se tomarem as medidas destinadas a travar as alterações climáticas;
f) Há-que escolher uma entidade para fazer a gestão destes fundos e o modo mais equitativo de os distribuir.


Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007 II

A União Europeia anunciou ontem em Bali que está disposta a reduzir em 20%, até 2020, as emissões de gases indutores de efeito de estufa. Este é um passo de gigante para a Terra e um enorme exemplo para os demais Estados desenvolvidos, tendo naturalmente sido objecto de uma enorme ovação junto dos Estados do Sul.
Esta será uma via a seguir pelos países mais desenvolvidos que não sejam membros da UE, como sejam os Estados Unidos, Japão, Áustrália ou a China (em vias de entrar para o lote dos países desenvolvidos).

4 de dezembro de 2007

Conferência Sobre as Alterações Climáticas - Bali 2007

Começou ontem, dia 3, e prolongar-se-á durante duas semanas, em Bali, Indonésia, a Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas ou COP-13, ou CMP 3 ou SB 27 ou AWG 4 (para designar os diversos grupos de trabalho preparatórios). Estarão reunidos representantes de mais de 180 países, assim como membros de Organizações não-Governamentais e jornalistas, para discutir a implementação de medidas pós-Quioto 2012. Os trabalhos poderão ser acompanhados em directo no painel da ONU para as alterações climáticas ou na página do IPCC.

Recorde-se que vários países que subscreveram o tratado em 1998 ainda não o ratificaram ou se predispuseram a colocar em prática as suas medidas, entre os quais, o principal, os Estados Unidos da América. Refira-se que alguns países depositaram o seu instrumento de ratificação do Protocolo de Quioto no dia de abertura dos trabalhos. Destaque para a Áustrlália, a segunda economia em quantidade de emissão de gases de efeito de estufa per capita da Terra. A lista de países-membros do tratado pode ser consultada aqui.


Yvo de Boer, Secretário-Geral da UNCCC, na conferência de imprensa do dia de abertura da cimeira.

CO2 e publicidade automóvel

O Parlamento Europeu aprovou uma nova lei impondo que a publicidade a automóveis exiba alertas sobre os perigos e os níveis de emissão de CO2.
Os alertas deverão ocupar 20% do total do espaço, quer seja imprensa, rádio ou televisão. Não está ainda decidido a forma e o conteúdo desses avisos sobre os malefícios do CO2, mas poderão vir a ser muito idênticos aos dos maços de tabaco.
in Expresso, edição dgital de 03/12/2007

3 de dezembro de 2007

Lisboa Q.I.


De manhã acordamos cedo, ao longe as buzinas dos cacilheiros. Lá fora, por sobre o terraço debruçado sobre o casario, chega-nos um cheiro diferente da cidade. É Domingo de manhã, o silêncio impera deste lado da colina, à sombra do castelo; ali perto, uma igreja e depois outra, repicam os seus sinos chamando os poucos fiéis acordados para a oração matinal. Há gaivotas empoleiradas nos beirais dos telhados, lado a lado, rivalizando com os pombos. O rio sobe no seu leito, transforma-se em finas gotas e empoleira-se no alto dos miradouros, inundando a cidade de um nevoeiro espesso, não bafiento e isento de cheiro a lodo. Hoje não será, definitivamente, um dia sebastiânico. A cidade perfuma-se do cheiro a mar que penetra nas vielas mais estreitas, na escadaria em calçada e nas janelas quebradas do velho Tribunal agora abandonado aos pombos. O ar frio revigora-nos enquanto numa casa abaixo, que não localizamos imediatamente, escondida no nevoeiro, toca 'A Severa'. Descemos as escadas íngremes do velho solar e despenhamo-nos literalmente na rua calcetada. Atrai-nos o rio, que buscamos pela claridade crescente. De bicicleta, a cada curva, a cada esquina, a atmosfera inebriante, muda como num concerto que se anuncia excitante. Andante, sente-se que algo está prestes a acontecer, aceleramos de curva em curva, Allegro, acelera-se-nos o coração, como no Fortuna de Orff. De súbito, após dobrarmos uma última curva a descer, como anunciado a compasso, tudo explode à nossa frente. Grand Finale, as nuvens varadas pela luz deste Sol outonal filtram a luminosidade, projectam-na no rio e fazem-na reflectir-se no casario empoleirado nas colinas próximas da baixa pombalina. Há jogos de luzes na água, nas gotas da neblina, nos beirais dos pardais, nos telhados finamente recortados.

No Terreiro do Paço não há carros, mas há pessoas, crianças, velhos e gente a correr junto à margem, mimos imóveis sob o olhar atónito dos que passam e um par de palhaços decadentes. A Avenida da Índia segue-lhe o exemplo para além do Jardim do Tabaco, onde uma esplanada nova nos detém o olhar. Lisboa abre-se ao rio e este às pessoas. O encanto não está apenas agora nos bairros tradicionais, a nova identidade da cidade mora na articulação da modernidade com o clássico e o pitoresco. Fechamos os olhos e regressamos ao período da segunda guerra, à cidade pejada de refugiados em trânsito para o continente americano, ao racionamento, à espionagem e simultaneamente ao cosmopolitismo de uma cidade provisória durante quase 50 anos. Avançamos pela revolução fora, encontramos alguns murais, Che ainda mora em alguns cantos ribeirinhos, atravessamos o pragmatismo cavaquista e desaguamos na cidade nova, que se procura reinventar a todo o custo.

E o rio, que hoje cheira a rio, de forma tão presente? Qu' importe? Esta cidade, que aprendemos a amar, é eterna. É tempo de regressar ao princípio e assistir à retirada do nevoeiro.

1 de dezembro de 2007

Massa Crítica em Portimão


Estão de parabéns os participantes na primeira Massa Crítica em Portimão. Oito participantes numa primeira tentativa, é notável. O Planeta QI esteve em Portimão e confessa o transporte da oitava passageira, que era tudo menos uma Alien. Bom ambiente, imensa força de vontade de todos os participantes, desejamos as maiores felicidades ao movimento. Uma palavra especial para a Diana, à esquerda na foto, de quem partiu a iniciativa. As fotos para a posteridade estão alojadas aqui.

Registo de adesão às Massas Críticas em Novembro:
Portimão - 8 participantes (uma à pendura)
Aveiro - 3 participantes
Lisboa - 39 participantes, um tocador de gaita de foles e um megafone
Porto - 9 participantes
Coimbra - 2 participantes e um assaltante

29 de novembro de 2007

Massa Crítica em Portugal II

Não esquecer que amanhã, dia 30 de Novembro, é dia de Massa Crítica nas ruas de algumas cidades portuguesas, como Aveiro, Lisboa, Porto, Portimão e Coimbra. Já aqui foram referidos os locais de encontro dos Bicycle Lifestylers.
Desejamos as maiores felicidades à Diana na organização do evento em Portimão, posto que uma estreia naquela cidade e, obviamente, aos demais no resto do país.

28 de novembro de 2007

Worldbike.org


Worldbike.org 2006, Bike People 3:26
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A Worldbike é uma organização internacional sem fins lucrativos de designers de bicicletas e acessórios em open source que procura criar soluções alternativas de transporte e oportunidades de negócio em países do terceiro mundo, fomentando a utilização da bicicleta como ferramenta de trabalho ali onde o acesso a um veículo automóvel é um custo incomportável para a grande maioria da população. O estudo e desenvolvimento deste tipo de soluções permitiu a criação do conceito SUB que agora vinga nos países desenvolvidos, sendo os seus melhores exemplos os da Yuba e da Xtracycle. Para além disso, as marcas associadas utilizam ainda um modelo de solidariedade social na medida em que repartem os lucros obtidos com a venda dos produtos nos países desenvolvidos, com as organizações do tipo da worldbike.
Vale a pena a visita ao site da Worldbike e o visionamento do vídeo acima, com som ligado.

27 de novembro de 2007

As Bicicletas em Setembro

As bicicletas de Setembro rolam
no asfalto quente (...)
Vamos assim em roda livre
e os peixes mordem o isco
nas águas mais profundas. Bicicletas
voltam ao parque fechado. Vem
também habitar este palácio de ócio
onde o ópio transpira nas paredes.
Risco maior não é a velocidade
mas o estilo bom da pedalada.

Eduardo Guerra Carneiro, "Profissão de Fé"
Prefácio de "As Bicicletas em Setembro", de Baptista-Bastos

25 de novembro de 2007

Robustez da Xtracycle - Riding the Spine

Têm-nos sido colocadas questões acerca do robustez do kit Xtracycle, sobretudo no que respeita a utilização em expedições ou em passeios mais exigentes como os Caminhos de Santiago, onde é fundamental uma boa capacidade de carga aliada a uma robustez e fiabilidade do conjunto. Bem, usamo-lo há muito pouco tempo, mas não tivemos até ao momento qualquer incidente em utilização normal corrente, embora a carga normal que pessoalmente eu utilize sejam duas crianças e as compras da semana num trajecto de 12 kms, ou levar crianças à escola e trabalho, com duas mochilas e um portátil, embora por vezes, em curtos trajectos, já tenha transportado três crianças. Todavia, os membros da expedição Riding the Spine, que estão a efectuar a travessia do continente americano desde o Alasca até à Patagónia utilizando as Xtracycles, saberão dizer um pouco mais acerca do assunto. Porque não dar uma vista de olhos ao site destes aventureiros modernos e, já agora, porque não visionar um dos diversos clips disponíveis na internet?
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Bicycle Lifestyle II

Acordar de manhã cedo, ir com as crianças ao parque, passar pelo café, comprar o jornal, uma revista para os mais novos, passar pela mercearia favorita, fazer as compras do dia, parar no talho onde a nossa mãe se abastecia regularmente, sentir que o estacionamento é uma mera formalidade. Devagar, divagar pela cidade, pela promenade à procura do pão ideal, a dois, três, quatro, cinco ou a seis, com uma ou duas bicicletas que ficarão a fazer parte da mobília da família na chegada a casa. Amanhã levarão as crianças à escola e o pai ou pais ao trabalho. Sim, pode ser bicycle lifestyle, ou apenas uma família comum que dispensa os incómodos do automóvel, quando e onde este possa ser dispensado, sem fundamentalismos. Faz-se com qualquer bicicleta, mas a Yuba e a Xtracycle levam vantagem na capacidade de carga, na versatilidade e no preço.

23 de novembro de 2007

Massa Crítica em Portugal

Estamos a uma semana dos próximos eventos do movimento massa crítica em Portugal. Segundo o próprio movimento, "uma Massa Crí­tica (MC) é um passeio no meio da cidade feito em transportes não poluentes. Realiza-se sempre na última sexta-feira de cada mês às 18h00, partindo de um local pré-determinado. As MC também são conhecidas nos países lusófonos como bicicletadas porque a maioria dos participantes desloca-se em bicicleta. O termo Massa Crítica é mais apropriado porque encoraja-se a participação de pessoas que se deslocam de outras formas não-poluentes: patins, skate, trotinete, etc. Para lá das motivações pessoais de cada participante, a MC é uma coincidência organizada de cidadãos unidos pelo interesse em celebrar formas de transporte não poluentes e mais sustentáveis a longo prazo do que o automóvel ou outros veículos dependentes de energias não renováveis".

Os pontos de partida dos passeios, a realizar no próximo dia 30 de Novembro, são os seguintes:

Aveiro - Início de encontro na Praça Melo Freitas (perto do Rossio) a partir das 18h, saída às 18h30.
Coimbra - Concentração no Largo da Portagem, junto à estátua do Mata Frades.
Lisboa - Concentração no Marquês Pombal, no início do Parque Eduardo VII.
Portimão - Concentração na Fortaleza de Santa Catarina às 18:30.
Porto - Concentração na Praça dos Leões.

20 de novembro de 2007

Calculadora do Carbono - You Control Climate Change

Ultimamente tornou-se corrente falar na pegada ecológica. Com este termo visa-se designar o impacto que cada um de nós tem no planeta em termos de impacto ambiental e, nessa medida, permite saber qual a percentagem de recursos consumidos numa determinada escala de sustentabilidade da vida. A Calculadora do Carbono é um desses instrumentos e aquele que mais directamente nos permite identificar comportamentos de gasto exagerado e, bem assim, procurar uma melhoria da nossa eco-perfomance. Há vários modelos disponíveis na internet, mas aqui poderá encontrar uma calculadora simples, mas nem por isso menos perfomante e informativa (desenvolvida no âmbito do programa You Control Climate Change promovido pela Comissão Europeia). Teste a sua eco-perfomance e veja onde pode melhorá-la, se possível poupando dinheiro.

18 de novembro de 2007

Bicycle Lifestyle

No seio de uma vida moderna e por vezes tão sedentária como a nossa é, vem crescendo um movimento de adeptos do uso da bicicleta que pugna pelo seu uso diário - bicycle lifestylers. O objectivo dos bicycle lifestylers não é impor o uso da bicicleta a todas as pessoas, mas tão somente demonstrar que é possível utilizar mais a bicicleta em detrimento do automóvel, tão padronizado e massificado na nossa cultura. Trata-se de reivindicar e colaborar na criação de condições para o uso da bicicleta, designadamente através da instalação de sinalética, intermodalidade de transportes e infra-estruturas menos dispendiosas que aquelas que são necessárias para o automóvel. Trata-se de reivindicar para a bicicleta e para os peões áreas nobres da cidade que o uso do automóvel tornou em autênticas ilhas urbanas descaracterizadas. Trata-se ainda, de com evidente respeito pelos automobilistas, demonstrar que a coabitação entre o automóvel e a bicicleta é possível e deve ser promovida sem radicalismos. Finalmente, um lifestyler procurará demonstrar que o uso da bicicleta é possível no dia a dia, com vantagens para o seu utilizador. Não esquecer contudo que provavelmente apenas cerca de 10% das pessoas em Portugal ponderaria utilizar a bicicleta no dia a dia e, dessas, talvez outros 10% as utilizassem verdadeiramente se existissem infra-estruturas rudimentares. O que, para um país como Portugal, já seria uma vitória para os utilizadores e para os automobilistas, uma vez que cada bicicleta na rua é menos um automóvel em circulação.

16 de novembro de 2007

Local Resources XXI

Do texto da Carta de Aalborg a que já aqui se fez referência (existe um link à esquerda sob a designação Local Resources XXI) nesta página, resultam diversos compromissos para implementação de práticas de desenvolvimento sustentado. O projecto Local Resources XXI é co-financiado pela União Europeia e é acessível aos diversos governos e autarquias que pretendam implementar medidas de desenvolvimento sustentado em diversas cidades e vilas europeias ao nível da governação, ambiente, consumo de recursos, saúde, economia, mobilidade urbana, entre outras. No que aqui nos interessa referir, foram criadas diversas ferramentas (tool kits) que estão acessíveis on-line para implementação deste tipo de políticas. O que não se percebe é porque motivo as mesmas não são utilizadas (passarão despercebidas?) pelos nossos gestores públicos para aumento de qualidade de vida das cidades. São raras e honrosas as excepções a esta constatação e mais raras ainda as manifestações de activismo na sociedade civil para implementação de políticas de sustentabilidade. Deter-nos-emos novamente neste assunto mais adiante.

[Aprovada moratória da pena de morte na ONU]

Um pequeno parentesis se justifica, pelo tamanho do passo que decisão representa. Ontem, na terceira comissão da Assembleia Geral da ONU foi aprovada a moratória que decreta a suspensão das execuções da pena de morte em todo o mundo, apresentada sob proposta da União Europeia. Do resultado da votação, embora não obtido por unanimidade dos Estados, ressalta o voto favorável da Rússia. As anteriores comissões, ambas da década de noventa, não haviam logrado alcançar este resultado. A moratória será agora votada na Assembleia Geral, em Dezembro, carecendo de uma maioria simples para aprovação. Apesar de as resoluções a ONU não terem força de lei, este não deixa de ser um momento histórico.

14 de novembro de 2007

12 de novembro de 2007

Especialistas em alterações climáticas reunidos em Valência


Especialistas da ONU reúnem-se hoje em Valência, Espanha, com o propósito de aprovar uma síntese sobre as bases científicas e as medidas necessárias para combater as alterações climáticas. Segundo o IPCC (Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, organismo recentemente galardoado com o Nobel da Paz), trata-se do texto com “maior relevância política” elaborado até ao momento. O mesmo foi revisto por 2.500 especialistas e redigido por 450 cientistas de 130 países, tendo sido elaborado ao longo de seis anos. Está dividido em 4 tomos. O documento, que ficará conhecido como AR4 (por ser a quarta reunião do IPPC acerca do assunto), esclarece a realidade do fenómeno e a responsabilidade da acção humana nas alterações climáticas.
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Refira-se no entanto que, embora abordando o assunto de forma frontal, o documento não recorre ao alarmismo como forma de chamar a atenção para a necessidade de mudança de hábitos.
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Fonte: El País, Ed. de 12 de Novembro de 2007

10 de novembro de 2007

Festival Bike 2007 - teste familiar


No Festival Bike 2007 foram várias as pessoas que tiveram oportunidade de testar a Xtracycle. Uma família no entanto despertou a atenção dos presentes. Um pai, um filho e dois sobrinhos entre os seis e os onze anos, com toda a simpatia deram-nos o feed-back de um teste familiar a quatro, com impressões positivas. Um excelente instantâneo em Santarém, que não foi apenas para a foto.

Brompton Portugal

Em matéria de cicloturismo e para os commuters, há uma marca de bicicletas incontornável no mercado mundial, as dobráveis da Brompton. Estas acabam de chegar a Portugal, através da Corrente Paralela. São bicicletas extremamente perfomantes, de reduzido peso e elevada fiabilidade. Caracterizam-se ainda pelo seu engenhoso sistema de dobragem e pela versatilidade para o uso diário. Nas cidades, quem tenha de se deslocar utilizando o autocarro, metro ou comboio, são um excelente complemento na medida em que podem ser transportadas como bagagem de mão. A não perder, vale a pena a visita à loja ou à página da empresa. Já os temos nos nossos favoritos. Estiveram em Santarém, amizade instantânea, um enorme prazer encontrar pessoas assim (sem desprimor para os demais vizinhos de salão).

7 de novembro de 2007

Universidade do Minho dá bicicletas aos alunos

O equipamento é pessoal e intransmissível e ao fim de três anos o utilizador poderá exercer a opção de compra do veículo por uma quantia simbólica
Duas mil bicicletas vão ser distribuídas, gratuitamente, a estudantes da Universidade do Minho (UM). A iniciativa é dos serviços de acção social da própria universidade, em cooperação com uma empresa de Aveiro, a Ideia Biba, que criou a Bute (Bicicleta de Utilização Estudantil).
A Bute é uma bicicleta do tipo citadino, equipada com um cesto para facilitar o transporte de livros ou computadores, descreve Carlos Silva, administrador dos serviços de acção social da UM. O equipamento é "pessoal e intransmissível" e será entregue por um período de três anos, findo o qual os utilizadores poderão optar pela aquisição da bicicleta, mediante o pagamento de uma quantia simbólica que rondará os 25 euros, esclarece o mesmo responsável. Funcionários e docentes também poderão candidatar-se ao equipamento, que será entregue por fases.O objectivo do projecto é "promover o ambiente, o desporto e a vida saudável". "Queremos influenciar as pessoas a deixarem o carro em casa", sublinha Carlos Silva. Os interessados terão de preencher um formulário de adesão, que serve como boletim de candidatura e de identificação do equipamento e do seu titular. As primeiras 200 bicicletas vão ser atribuídas em Novembro, "com prioridade para os estudantes bolseiros colocados nas residências universitárias", refere a mesma fonte acrescentando que projecto vai alargar-se gradualmente a toda a academia, sendo a intenção da UM distribuir 200 bicicletas por mês até Julho de 2008. Além disso, serão criadas 50 estações de parqueamento nos dois campi da academia, em Braga e em Guimarães.Na base desta iniciativa, que vai ser apresentada publicamente na próxima quarta-feira, está "um novo conceito de mobilidade urbana", financiado a partir de receitas publicitárias provenientes de um conceito pouco divulgado em Portugal, o advertising in motion, que passa pela inclusão de uma imagem ou de um produto promocional nas bicicletas.Além do equipamento gratuito, os utilizadores vão contar com "assistência e manutenção gratuita" que estará disponível em oficinas próprias. Embora se trate de um projecto dirigido à comunidade universitária, o Bicicletas de Utilização Estudantil (Bute) vai desenvolver-se em cooperação com outras iniciativas de mobilidade de cariz municipal, como o aproveitamento de ciclovias e a promoção de meios de transporte ecológicos. Segundo Carlos Silva, responsável pelo projecto Bute, os equipamentos começarão a circular primeiro em Braga e só depois em Guimarães, isto porque as negociações entre a UM e o município de Braga já estão praticamente concluídas.
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In Jornal Público de 29/10/2007, artigo de Victor Ferreira

José Apolinário quer vias cicláveis em Faro

O presidente da Câmara de Faro quer criar na cidade um conjunto de vias cicláveis, cujo primeiro troço pode arrancar já no próximo ano, num projecto da autarquia em parceria com a Universidade do Algarve.
Em entrevista à Agência Lusa, José Apolinário disse que a primeira experiência é ligar o Largo de S. Francisco até ao Complexo Desportivo da Penha com uma via "devidamente assinalada para bicicletas", que poderá estar lançada até ao primeiro semestre de 2008.A autarquia, em conjunto com a Universidade do Algarve, está a desenvolver um projecto das vias cicláveis e o objectivo é promover os transportes amigos do ambiente e a utilização mais regular da bicicleta em espaço urbano, em detrimento do automóvel.Um especialista em tráfego da Universidade do Algarve, Manuel Tão, explicou à Lusa que a filosofia de vias cicláveis "só é eficiente quando está combinado com parques dissuasores"."É possível em Faro se soubermos combinar via ciclável com vários parques dissuasores e ter também transportes públicos", avança Manuel Tão.Os parques dissuasores, como poderia ser o Largo de S. Francisco, servem para estacionar o carro e pegar na bicicleta logo a seguir, com a vantagem da "flexibilidade de horários" e de se poder "deixar a bicicleta em qualquer ponto da cidade", adiantou o especialista em tráfego."É sempre bom vias cicláveis, sobretudo para Faro, uma capital regional onde há excessiva dependência de transporte automóvel individual", observou Manuel Tão.O especialista e professor na Universidade do Algarve recorda que o objectivo das vias cicláveis é conseguir combinar "transporte individual com outros transportes públicos e com a mobilidade sustentável suave", como é o caso das bicicletas, que implicam um investimento suave. A mobilidade sustentável suave diverge da mobilidade sustentável porque não envolve meios pesados nem investimentos elevados, como é o caso da bicicleta ou andar a pé em redes pedonais. A primeira experiência de uma via ciclável em Faro prevê que o traçado faça a ligação à Ecovia, projecto-piloto em Portugal, que ligará Sagres a Vila Real de Santo António numa extensão de 214 quilómetros, em fase de finalização, e que irá passar pelo Bom João e Largo de S. Francisco.
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In Jornal Barlavento de 26/10/2007, por Hugo Rodrigues

4 de novembro de 2007

Produtos e preços



O Planeta QI, através da QI Cycles é desde há pouco representante para Portugal das marcas YUBA e XTRACYCLE, ambas constituindo projectos de construção e disseminação de velocípedes com elevadas prestações e capacidade de carga para o utilizador diário que pretende dispensar em larga medida a utilização do automóvel.
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O CONCEITO: Ambas as marcas se assumem como um conceito inovador e dinâmico de mobilidade na vida urbana e de aventura, assumindo a designação SUB (Sports Utility Bike) e serão comercializadas, com evidentes vantagens para o utilizador final, segundo o conceito bike-in-a-box semelhante ao seguido por marcas a IKEA ou a HABITAT. Com este conceito, o utilizador recebe em casa ou apanha num distribuidor oficial uma caixa de fácil transporte que lhe permite montar o seu veículo em casa, a um preço competitivo segundo a lógica, “mais bicicleta por menos dinheiro”.
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AS MARCAS:
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A YUBA é uma SUB a lançar no mercado mundial e em simultâneo em Portugal no início de Dezembro, assumindo-se como um veículo de elevada capacidade de carga, seja de pessoas ou objectos. É uma bicicleta com diversas qualidade, das quais se destacam a elevada robustez e versatilidade do conjunto, devidamente enquadrado por um peso comedido. A ficha técnica pode ser consultada (por enquanto somente em inglês) aqui.
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A XTRACYCLE insere-se no mesmo conceito de SUB, sendo uma marca que fabrica um kit completo (denominado Free Radical) que se destina a ser instalado numa bicicleta (nova ou usada), seja com roda 26” ou 28”, permitindo que esta adquira uma maior distância entre eixos e, por conseguinte, uma maior capacidade de carga complementada com equipamento especificamente adaptado à função, dos quais se destacam uma extensão de quadro, plataforma e dois alforges de elevadas dimensões. Todas as peças necessárias à instalação do kit numa bicicleta convencional são fornecidas e estão incluídas no preço de venda. A bicicleta assim obtida insere-se na categoria SUB, mantendo as mesmas qualidades da bicicleta de base, com a capacidade de carga em acréscimo, podendo ser personalizada pelo utilizador, a seu gosto. Para mais informações, poderá consultar o site da marca aqui.

3 de novembro de 2007

Festival Bike 2007 - Obrigado a todos

Os nossos agradecimentos a todos quantos nos visitaram ao longo deste Festival Bike 2007, clientes, visitantes, colegas expositores. Pelo contributo, pelas questões que nos vêm colocando, pelo input sobre produtos, pelos contactos que nos permitem criar uma rede de amigos. Em breve voltaremos ao vosso contacto com as novidades e a súmula do que foram estes dias em Santarém. Igualmente, os nossos agradecimentos ao staff do CNEMA, pela hospitalidade, pela simpatia, pela disponibilidade a cada instante.
O Planeta Q.I. está satisfeito com os primeiros dois dias de Festival Bike; o balanço da participação já é positivo e garantidamente está em fase de gestação a ideia de participação nos Caminhos de Santiago.

Festival Bike 2007 - Nª Srª das Bicicletas


Obrigado João, pela visita, pelo contributo da foto e pela forcinha. Aquele abraço.

Festival Bike 2007 - Velib


Uma agradável surpresa neste salão: a velib e a sevici, modelos de bicicletas de uso público urbano nas cidades de Paris e Sevilha, respectivamente, são de fabrico nacional (Órbita), embora comercializadas pela JCDecaux. Honestamente, não compreendemos porque motivo a Órbita não capitaliza este importante trunfo comercial, nem faz menção disso na sua página que, de resto, infelizmente, não sofre qualquer actualização há imenso tempo. Desejamos contudo que o conceito vingue e se multiplique, a bem da mobilidade urbana, dado que é do mais avançado que existe, de momento, a nível mundial em bicicletas de uso público.

2 de novembro de 2007

Festival Bike 2007 - stand QI

O Planeta QI está instalado. A área é pequena, mas agradável e a vizinhança simpática, assim como o staff do CNEMA. Ontem à noite conseguimos dar uma volta pelos outros stands e apercebemos-nos de algumas novidades muito interessantes de que tentaremos dar conta adiante. Em relação ao conceito SUB, tem havido interesse e curiosidade por parte das poucas pessoas que acorreram durante a manhã ao CNEMA. Como aventura , é um prazer partilhá-la aqui. Temos dez entradas para distribuir por quem as solicitar através do emial e.alves@vizzavi.pt.

30 de outubro de 2007

Festival Bike 2007

O Planeta QI vai estar presente no Festival Bike 2007, que decorrerá entre 2 e 4 de Novembro, nos pavilhões do CNEMA, em Santarém. Estaremos no stand 6, nave A.

Teremos duas Xtracycle expostas, as quais serão disponibilizadas para testes on-site, e posterior recolha de opiniões.

Estamos ainda a tentar ultimar um protótipo de bicicleta inspirada nas antigas bicicletas dos correios franceses, mas dotadas de componentes modernos, perfeitamente adaptada à vida citadina, segundo o conceito design meets function.

Vamos tentar dar novidades ao longo dos dias que durar o salão, por aqui.

29 de outubro de 2007

Halloween ride 2007

O Planeta Q.I. vai ser oficialmente pré-lançado entre amigos no dia 31 de Outubro. Crianças e graúdos, de bicicleta, trajados a rigor, como é de lei. Devo confessar que normalmente sou avesso às comemorações anglo-saxónicas como a do dia das bruxas, em especial quando colidem com as nossas, mas nunca devemos criticar o que não conhecemos. Daí este vosso escriba ter decidido recolher informação acerca do assunto, tendo chegado à seguinte conclusão, segundo diversos sites: o incorrectamente chamado dias das bruxas (assim designado apenas nos países de forte implantação católica), quer designar um dia santo para a cultura celta no qual se pretendia celebrar o fim da época estival (fim do Verão), então conhecido como o dia de Samhain. Organizava-se então um grande festival que, para os celtas, funcionava como ano novo. Por ser uma noite sagrada para a civilização celta, designava-se hallow evening, mais tarde, por contracção vocabular, degenerou em hallow’en e posteriormente em halloween. Há outra tese que sustenta que halloween resultou da contracção de all hollows eve (véspera de dia de todos os santos). Certo é que por ser um ritual pagão, a Santa Madre Igreja desde sempre tentou evitar a sua comemoração, tendo perseguido quem se entregava a tais comemorações sob acusação de feitiçaria e bruxaria – pelo que este dia passou a ser conhecido entre nós, no mundo católico, por dia das bruxas.
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A cultura celta esteve (e ainda está) muito presente entre nós no Nordeste Transmontano, faz parte da nossa riqueza cultural, pelo que será culturalmente interessante revitalizar um ritual com o qual temos algo de comum, posto que há resquícios destes rituais em celtas aldeias raianas de Trás-os-Montes. Qu'importe, para não vos maçar mais, a CML e a Lusort organizam eventos de Halloween em
Loulé e em Vilamoura
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O Planeta Q.I. junta-se ao espírio hallow evening (com pais e crianças) e reúne-se depois do jantar, às 20.30H, no Häagen Dazs da Marina de Vilamoura, para travessuras e gostosuras em duas rodas, posto que as vassouras, apesar do seu baixo teor de emissões de CO2, estão banidas do programa.

26 de outubro de 2007

Cidades sustentáveis


Numa Europa alargada a vinte e sete Estados-membros, a vida das pessoas muda necessariamente, nem sempre para melhor, ou sobretudo não de forma idêntica ou equiparada entre os membros. Há critérios de justiça social a implementar, desigualdades a combater, mobilidade de pessoas a incrementar. O impacto global neste universo de quinhentos milhões de pessoas é enorme, mas ao nível local também se faz sentir.
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A EUROCITIES procura, através da cooperação entre cidades (presentemente mais de 130 a nível europeu), regiões, Estados-membros e organismos da União, criar valor acrescentado nas áreas da cultura, desenvolvimento económico, partilha de know-how, criação de soluções de mobilidade e transporte e desenvolvimento social, entre outras, contribuindo para a criação de um futuro sustentável no qual o máximo de cidadãos cidadãos desta e das futuras gerações possam usufruir de uma elevada qualidade de vida.
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A área da mobilidade entre Estados-membros e dentro das áreas urbanas torna-se um elemento vital nas cidades europeias. Assim, existe há muito no seio da Comissão Europeia a consciência que é preciso encontrar soluções para a mobilidade das pessoas, mas sobretudo que esta possa ser rápida, barata, livre e de baixo impacto ambiental como forma de preservação de recursos para as gerações futuras e aumento da qualidade de vida. A implementação de boas práticas é uma prioridade nesta óptica. Assim, igualmente as iniciativas da GLOBAL CITY FORUM e a CARTA de AALBORG para a sustentabilidae urbana, como estratégia adoptada da no seio da Campanha Para as Cidades Sustentáveis.
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Um pouco por toda a Europa cresce o uso do transporte colectivo, a melhoria dos interfaces ou hubs de transferência de pessoas, sendo no entanto, cada vez mais, notória a implementação de sistemas cicláveis, importantes na poupança de recursos e incremento da mobilidade de pessoas por um custo muito baixo e com reduzido impacto ambiental, mas sendo igualmente muito seguro. O uso da bicicleta renasce por toda a Europa e nos Estados de charneira tornou-se um meio de transporte imprescindível no quotidiano dos cidadãos, independentemente da sua profissão ou posição social.
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Em Portugal, começam a dar-se os primeiros passos nestas áreas, mercê de iniciativas individualizadas e não concertadas, porquanto a bicicleta ainda é, quase exclusivamente, vista como instrumento de prática desportiva, sendo a esmagadora maioria das unidades comercializadas do tipo BTT ou de estrada. São poucos aqueles que utilizam a bicicleta no seu dia-a-dia com regularidade, negligenciando aspectos importantes como a sua saúde, a poupança de tempo, recursos e a redução do seu impacto ambiental (ou pegada ecológica).
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E no entanto, tal é algo que se tornará necessário a breve trecho, estando de imediato ao alcance de qualquer um. Voltaremos adiante a este assunto mais detalhadamente.

25 de outubro de 2007

Yuba


Neste planeta privilegiaremos a interacção com quem está desse lado. Por isso, a importância do blog de bordo desta aventura, mais até do que uma página web, para que o Planeta Q.I. cresça a par do projecto que se for traçando.
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Aqui, procuraremos estabelecer as vias para um mundo equilibrado, onde o desenvolvimento sustentado seja parte do dia-a-dia.
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Uma das compagnes de route, está retratada acima e consiste na introdução de um novo conceito de bicicleta para a mobilidade diária. No fundo, trata-se da aplicação do conceito SUV ao mundo das bicicletas, criando-se a categoria Sport Utility Bike, bicicletas com elevada capacidade de carga. Na foto, uma YUBA Mundo.

Início

Por vezes está lá, dentro de nós, um bichinho, uma ideia, algo adormecido que nos percorre subterraneamente as entranhas. Um calafrio por vezes, um sonho noutras, uma insatisfação mais acentuada, noites em claro frequentemente. Esboços, desenhos, planos e ideias fluídas. Às vezes sentimo-nos sós nessas vigílias e tornamo-nos chatos, obcecados, perante o mundo e os que nos rodeiam... e contudo o mundo parece que nos empurra com toda a energia. E nese momento atingimos a paz. É assim com pessoas, com projectos, quando encontramos uma causa. Às vezes temos muita sorte, encontramos as pessoas que connosco se identificam, nos motivam e nos fazem querer mudar o mundo, com quem partilhamos sonhos, se quisermos - como no conto de Sophia - a menina do mar que nos leva aos nossos limites e nos faz querer procurar o cume da montanha, no mar ou em terra, o ponto mais remoto da nossa própria existência. Quando acontece, consideramo-nos uns sortudos. É um processo que deixa marcas indeléveis que não nos deixam voltar a ser o que éramos. Por vezes é um processo rápido, noutras lento, mas quando lá chegamos é irreversível e a necessidade de procurar o nosso melhor eu torna-se premente, sobretudo quando temos a certeza de o encontrar, ainda que lá cheguemos sozinhos. Quando acontece, ficamos gratos ao que o destino nos tirou e deu nesse processo, porque não é um processo isento de perda.
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Passamos a amar, mais ainda, o mundo com tudo o que isso implica de compromisso e responsabilidade para com este planeta único que é o nosso; porque só há mundo num planeta, que por ora (e suspeitamos que por muito tempo) é só um, queremos contribuir para que seja melhor e para que o nosso legado para as gerações futuras seja preservado como um tesouro; para que os nossos filhos e não apenas uma geração distante, possam ter uma vida, preferencialmente melhor que as previsões actuais; porque é disso que se fala agora, no espaço de somente duas gerações que com toda a probabilidade conheceremos, porque são nossos filhos e netos. Teremos ocasião de regressar ao assunto, mas por ora, a frase a reter é que não queremos que a nossa vida seja mais fácil, queremos apenas que seja melhor(1).
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Este blog é uma declaração de princípio, um compromisso, uma celebração da liberdade da nossa e das duas gerações seguintes, face à ameaça do aquecimento global. Bem vindo(a) ao Planeta Terra, um lugar onde se pede que utilize todo o seu Q.I para a ajudar a salvar. Está em sua casa.
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(1) Kipchoge Spencer, fundador de Xtracycle Inc.