17 de março de 2009

O factor espaço urbano

Quando se planeia a mobilidade dentro do espaço urbano, pode-se fazê-lo enquadrando um determinado número de variáveis e nesse enquadramento optar por fazer prevalecer umas em detrimento de outras, seja pela preservação da qualidade do ar, da diminuição do ruído, ou a redução da ocupação de espaço. E o espaço, na urbe moderna, é vital por um número infindável de motivos que se prende com o custo de construção e conservação das infra-estruturas em que se processa a circulação dos meios de transporte, sendo estas tanto mais agravadas pela quantidade de espaço necessário para transportar um determinado número de indivíduos ou carga, quanto a robustez da infra-estrutura para aguentar a agressividade do meio de transporte utilizado. Assim, um veículo pesado (autocarro, eléctrico, tramway) será altamente agressivo como unidade de elevada dimensão que é, mas ocupa incomparavelmente menos espaço que o automóvel necessário para transportar um número de pessoas equivalente. Todavia, dada a quantidade de automóveis necessários, isso motiva uma sobrecarga das infra-estruturas que se acaba por traduzir numa degradação mais rápida destas, com os custos inerentes que tal implica. Mais, na ocupação de espaço que faz, o automóvel é claramente o pior dos meios de transporte tanto em termos de sobrecarga, como ao nível de emissões poluentes. Evidentemente, no extremo oposto, o pedestre praticamente não tem impacto, assim como a bicicleta, igualmente um meio suave de transporte, que tem quase tanto impacto como o peão, embora ocupando uma parte significativa da rua quando estacionada, mas em todo o caso nada que se possa comparar com o automóvel, mas sobretudo a um nível muito próximo do autocarro, como se infere da foto acima.

16 de março de 2009

V Forum Mundial da Água


Começa hoje em Istambul o 5º Forum Mundial da Água, organizado pelo Conselho Mundial da Água. Pela primeira vez, os trabalhos podem ser seguidos em directo via videoconferência e são permitidos inputs externos com contributos à discussão, excepto nos seis painéis mais elevados de discussão. Naturalmente, não se espera que os problemas de acesso à agua de mil milhões de pessoas em todo o planeta sejam resolvidos, mas esse é um dos assuntos de maior importância, sem dúvida. O exemplo da metodologia que Portugal empregou para combater e enfrentar a seca de 2005 será um dos pontos altos da participação portuguesa, liderada pelo Ministro do Ambiente Nuno Correia.

Programa do evento:




4 de março de 2009

Bicycle Film Festival - Lisboa 2009

Bicycle Film Festival , trailer from casagrafica on Vimeo.

Integrado na emergente cultura do ciclismo urbano, pela 1ª vez, a capital portuguesa acolherá o BFF, em Setembro, integrando o grupo de cidades na vanguarda do movimento ciclístico global. Podem ser submetidos projectos a concurso, terminando o prazo de entrega dos trabalhos em 17 de Março.

Versabike


Versabike, by Nathan Durflinger

Imagine que várias pessoas, de estaturas diferentes, utilizam a mesma bicicleta. Ou que a bicicleta depois de ser utilizada tem de ser guardada num local de reduzidas dimensões. Ou ainda, que por vezes a um determinado utilizador lhe apetece uma utilização mais desportiva com uma posição compatível e noutras uma pedalada mais descontraída, em ritmo de passeio, ou até em deslocações urbanas ou vice-versa, à ida para o trabalho e depois no regresso a casa.

Porque estamos a pedir e pedir não custa, o ideal era que tal bicicleta, se existisse, fosse feita de materias recicláveis. Parece impossível a existência de uma bicicleta com esta versatilidade, não é verdade? Evidentemente. Mas e se existisse, que nome lhe daria? Versabike, sem dúvida, what else?

Pois bem, ainda que sob a fase de protótipo, a Versabike já existe e nasceu da pena de Nathan Durflinger. Em termos estéticos, a forma da bicicleta resulta numa vaga semelhança com a posição de uma pessoa ajoelhada e as articulações das uniões entre os corpos do quadro recordam um esqueleto revestido com tendões e músculos humanos verdadeiramente interessante. A própria articulação dos corpos da bicicleta faz-se sempre em torno da ideia de corpo humano, sendo a posição de genuflexão mais ou menos acentuada, em consonância com o estilo de pedalada que o ciclista pretende, ou o próprio tamanho deste. Um pouco mais complicado que um ovo de Colombo, mas não menos genial e útil.

28 de fevereiro de 2009

Paulatinamente vamos lá

Foram recentemente aprovadas duas resoluções na Assembleia da República, as quais se revestem de particular e significativa importância no que traduzem, a saber, uma maior sensibilização do poder central para as virtudes da mobilidade sustentada e meios de transporte suaves. São estas:
RAR 3/2009 - Recomenda ao Governo a criação de um grupo de trabalho com vista a promover a adopção de um plano nacional de promoção da bicicleta e outros modos de transporte suaves.

RAR 4/2009 - Recomenda ao Governo a promoção de redes de modos suaves a integrar nos planos de mobilidade urbana, no âmbito do Decreto-Lei nº 380/99, de 22 de Setembro e da Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, aprovada pela Lei nº 10/90, de 17 de Março.
Torna-se interessante constatar igualmente que nos programas que estão a ser criados pelas forças que disputarão as autárquicas se constata a existência um esforço para inclusão de meios de transporte suaves, embora nem sempre feitos com conhecimento de causa, nem se sabendo quão sérias são as intenções dos candidatos. Nos breves encontros que tive com alguns, não me inclino para um grande optimismo. No caso algarvio, o maior entusiasta, Macário Correia, não conseguiu implementar um plano ciclável em Tavira e já fez muito mais que os outros. Albufeira criou algumas infra-estruturas relevantes, é certo, mas está ainda muito por fazer. Seja como for, as resoluções da AR constituem um contributo importante para o estabelecimento de um plano global de mobilidade, facto que tem condicionado - e de que maneira - a implementação no terreno de uma eficaz articulação intermodal.

25 de fevereiro de 2009

Lifecycle em Aveiro


A Câmara de Aveiro apresentou hoje o projecto "Lifecycle" para sensibilizar a população a usar a bicicleta no dia-a-dia, no âmbito do Programa Europeu da Saúde (PHEA).Financiado integralmente pela União Europeia, o custo do projecto no que diz respeito a Aveiro ascende a cerca de 50 mil euros, em campanhas direccionadas às famílias, à população sénior e adulta, estudantes universitários e crianças em idade escolar. "Faltava a Aveiro esta campanha para o reforço do uso individual da bicicleta, complementar às bicicletas de utilização gratuita", disse o vereador Capão Filipe, na apresentação do projecto. Uma das vertentes dirigida à população escolar e em que participam as escolas secundárias Jaime Magalhães Lima e Mário Sacramento e a Escola Básica Integrada de Eixo é a campanha "Para a Escola com Pedalada", em que aos estudantes é lançado o desafio de fazerem, pelo menos duas vezes por semana, a deslocação entre a casa e a escola de bicicleta. Os alunos aderentes serão abrangidos por um seguro individual e serão distribuídas bicicletas como prémio, entre os participantes. Uma outra campanha com objectivos semelhantes dirige-se aos adultos e é designada "de Selim para o trabalho". Vai decorrer de 17 de Março a 19 de Junho, para persuadir os próprios funcionários municipais a deslocarem-se de bicicleta ou num sistema de "Park & Bike" ou "Bus & Bike", deixando o automóvel em parques à entrada da cidade, para completarem o percurso até às instalações municipais de bicicleta. Em relação à população sénior vão ser feitas campanhas de sensibilização na área da saúde, em parceria com as Juntas de Freguesia de Santa Joana e Eixo, que vão incluir rastreios médicos e procurar estimular o uso da bicicleta como promoção da actividade física. A autarquia vai ter três técnicos afectos ao projecto em tempo parcial e ainda realizar pequenas intervenções de prevenção rodoviária nas vias municipais.


Fonte: Lusa

19 de fevereiro de 2009

Velosolex

As Solex marcaram uma época, em França e um pouco por toda a Europa do pós-guerra, como meio de locomoção económico e fiável. Foram moda e o ícone dos jovens de uma geração, como o Citröen 2cv, a Renault 4L, a Dauphine, ou o 8 Gordini e perduraram até que a velocidade das motorizadas e dos demais meios motorizados inviabilizaram o seu uso. Até há pouco tempo, pois eis que surgem novamente, não como réplicas, mas segundo o mesmo projecto, de tal forma que os componentes de um dos modelos actuais serve perfeitamente numa da época áurea.
Custam pouco mais de Eur 1.000,00 e começam a abudar os revendedores. No Algarve podem ser encontradas e testadas na Bike Land. A ver.

30 de janeiro de 2009

6 de janeiro de 2009

2009


Um bom ano para todos e que este ano seja revisto o código da estrada na parte tocante ao transporte e segurança na circulação de bicicletas e peões.