Por vezes utilizava também o comboio nas minhas deslocações mais longas entre cidades (o UMM era um carro muito lento), de modo que no destino a Strida era o meu aliado na mobilidade em qualquer local.
Contudo, a Mk1, que ainda guardo, tinha algumas pechas, a saber: uma velocidade apenas (problemático em cidades de relevo acidentado como a Guarda, Covilhã ou Santarém), era frágil (a roda pedaleira, em plástico, estava muito exposta e frequentemente quebrava-se ao menor impacto) e os travões não eram muito eficientes. Por outro lado, o handling também não era perfeito, na medida em que as rodas pequenas e a arquitectura levantam alguns problemas de estabilidade. Acresce ainda que as nossas cidades e os passeios de arestas vivas não eram compatíveis então com o uso de uma bicicleta de roda pequena.
A Strida não teve uma vida fácil e passou por diversas vicissitudes, pelo que nem sempre foi fácil encontrar peças suplentes. Assim, com maior ou menor dificuldade, contudo, lá fui consguindo manter a Mk1 a funcionar, conseguindo resistir à tentação dos upgrades (já vai na versão 5.0 e fala-se no lançamento da versão 6.0 para 2011) até que, há um par de anos, a dificuldade em encontrar uma nova roda pedaleira e a quebra de uma peça no sistema de travagem da roda de trás remeteu a Strida para um canto da arrecadação, onde permaneceu esquecida até ontem, quando deparei com um artigo onde se dava conta da publicação do projecto inicial da Strida, feito pelo próprio Mark Sanders. E eis-me cheio de vontade de voltar a pegar na Mk1, dado que entretanto consegui começar a fabricar pequenas peças em carbono e fibras várias, que podem permitir a recuperação da minha companheira de curso.
Entretanto, caso interesse a alguém, aqui fica o artigo do Mark Sanders: