Segundo a agência Lusa, o fundo soberano da Noruega, um dos mais importantes do mundo, excluiu a empresa Rio Tinto da lista das suas aplicações financeiras devido aos danos causados pelo grupo mineiro anglo-australiano ao meio ambiente, anunciou hoje o governo.O fundo de pensões público, que representava 1,9 biliões de coroas (251,8 mil milhões de euros) no final de Junho, vendeu todas as suas acções da Rio Tinto PLC e da Rio Tinto Ltd, empresa concessionária de minas na localidade espanhola de Rio Tinto, província de Huelva, participações que valiam mais de 4,8 mil milhões de coroas no final do ano passado. "O Ministério das Finanças decidiu excluir o grupo Rio Tinto do fundo de pensões público devido aos graves riscos ambientais" que esta sociedade representa, indicou o ministério num comunicado. "Não há nenhum sinal de que as práticas da empresa mudarão no futuro ou que medidas serão tomadas para reduzir sensivelmente os danos infligidos à natureza e ao ambiente", acrescentou. O governo norueguês excluiu também a sociedade norte-americana Freeport em 2006, porque na exploração da mina de Grasberg, na Indonésia, deposita os produtos tóxicos num rio vizinho. Criado para a era pós-petróleo, o fundo norueguês, mais conhecido pelo nome de "fundo petrolífero", investe em acções e obrigações internacionais. A sua gestão obedece a regras éticas muito estritas, seguidas por um número crescente de fundos privados. São assim proscritos os fabricantes de armas "particularmente desumanas" (armas químicas, nucleares ou biológicas, minas anti-pessoal), e os grupos culpados de violação dos direitos humanos, de corrupção ou degradação do ambiente em larga escala. Cerca de 30 empresas, entre as quais Boeing, Wal-Mart, EADS, Safran e BAE Systems, figuram já na lista negra do Ministério das Finanças noruguês.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário